quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Amor e Sexo


Passado o furor sexual, emerge o amor. O outro que está com você é um sujeito e não um objeto. Existe uma ligação que transcende o simples contato físico. É algo que vai além e que só é perceptível aos poetas, e como eu não sou poeta, não consigo traduzir esse sentimento em palavras. Mas é esse sentimento de transcendentalidade que é a argamassa que une os pedaços de que a vida é feita dando-lhe sentido naquele momento de união entre duas pessoas que se amam e que estão se dando prazer. Fora disso não há nada. Há apenas satisfações efêmeras/passageiras seguidas de tédio e vazio.

Por isso que relações ocasionais no meu sentir não tem graça pois passado o furor sexual, emerge a indiferença pelo outro, que no caso da mulher para o homem foi apenas um receptáculo (uma cloaca na qual será despejado o sêmem dele) no qual foi depositado a sua ejaculação e que depois aos olhos deste que a possuiu, já saciado, nem a notará e ela será apenas um peso morto a dormir ao seu lado . A ausência de intersubjetividade, de uma ligação que transcenda a uma simples atração não leva a lugar nenhum. É tão vazio como uma masturbação. Com a diferença ainda que pode trazer consigo o perigo do contágio de alguma DST. A masturbação é vazia também mas pelo menos não traz esse perigo.

Uma vez o ator Jack Nicholson, perguntado sobre o porquê de um homem como ele (ele tinha ganhado um Oscar, era jovem, rico e bonito), que em tese poderia ter a mulher que quisesse, utilizava-se de serviços de prostitutas, respondeu o seguinte: "Eu pago não para tê-las ao meu lado, mas para que de manhã elas desapareçam da minha cama" É bem essa a ideia de uma transa ocasional, o outro é apenas um instrumento para o seu prazer, um objeto, como a sua mão na sua masturbação. Trata-se de um objeto e não de um sujeito que está contigo, razão pela qual não há razão para se preocupar com o prazer do outro ou com qualquer coisa relacionada a ele ou a ela.

(http://jmeusonhobom.blogspot.com - por Hefestos)

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